ORAR COMO CAMINHO

Não sei você, mas o normal entre nós é usar a justificativa de falta de tempo para cortar aquilo que consideramos supérfluo. Das inúmeras coisas que temos que fazer diariamente (e todas elas, sem nenhum grau hierárquico de importância, necessárias) acabamos por deixar de lado aquelas que aparentemente não teria tanta importância.

Nessa luta por dar conta do que temos pra fazer e daquilo que realmente conseguimos fazer, mesmo que subliminarmente, vamos escolhendo aquelas que trazem efeito imediato à nossa vida e ou aquela que julgamos ser indispensável.

No processo de escolha do que devemos cortar para dar conta dos afazeres, as primeiras vítimas são aquelas ações que julgamos dispensáveis quer seja porque ninguém mais valoriza ou pelo simples fato de que talvez eu mesmo já creia na sua importância e por isso, se torna dispensável.

Jesus era um missionário envolvido e encantado com a causa do Pai.

Não ficava restrito a uma única localidade e sempre estava cercado de gente apresentando-lhe as mais diferentes solicitações. desde pedidos de curas, questionamentos até armadilhas armadas para pega-lo em contradição.

Podemos até inventariar que Ele também deixasse de fazer algumas coisas. Os Evangelhos não nos dizem mas não é difícil de se imaginar que nem sempre dava-se conta de tudo.

Mas uma coisa os Evangelhos falam e confirmam: sempre tinha tempo para rezar...

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Nem que tivesse que passar a noite sozinho no monte em oração, mas estava sempre em contato com o Pai e tinha uma intimidade tal que, mesmo durante as ações, saboreava sua ligação com o Pai.

Isso deve nos servir que questionamento sobre nossa espiritualidade.

Porque afinal de contas nossa intimidade com Deus passa também pela escolha que fazemos de dar tempo para cultivar essa relação.

Porém não adianta simplesmente rezar como quem cumpre uma ordem de serviço: rezar por obrigação.

Significa descobrir a oração como alimento para nosso dia a dia e fazer valer nossa caminhada como parceria com quem julgamos ser nosso criador e portanto, aquele que gera em nós o temos de melhor.

Descobrir um modo coerente e agradável de oração. Aprender um método de relação direta com Deus. Valorizar seus momentos de intimidade. Guardar seu tempo precioso para fazer essa retirada estratégica e se fortalecer na consciência do que fazer e como fazer é das atitudes mais saudáveis.

O problema é que na lista de coisas que temos que cumprir, rezar bem está no final dos números e, devido à escassez de tempo, quase sempre é cortada e deixada de lado.

Quem não reza vira bicho diz um santo homem brasileiro.

Talvez aí esteja um dos motivos para termos aberto mão do mais que humano em nós...

Fiquem bem.

Comentários

  1. Devemos rezar com certeza,cada um de sua forma preferida...para entrar em intimidade com Deus....mas por outro lado existe um paradoxo... diz esse santo brasileiro: quem não reza vira bicho.. O Papa comentou esses dias: "o homem é o único ser que tropeça 2 x na mesma pedra."..Às vezes os bichos são melhores que o homem..apesar de não acreditar em Deus e nem rezar...
    Achei interessante essa colocação dele!!!
    Não fique bravo padre..rsrsr

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  2. À oração nos educa nos aproxima a ver e sentir os sinais de Deus. Para cada desejo do coração uma oração, uma esperança e graças e pelas as graças à nossa gratidão!

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  3. Boa noite P Luis. Sempre me ensinando. Grata

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