O QUE FAZEMOS DO NOSSO ENCONTRO COM ELE?

Jesus tem uma sensibilidade extremada com a vida de quem sofre.

Os famintos, doentes e perturbados pelos espíritos imundos e puritanos demais são o foco de sua missão. Vai até eles e sempre lhes dá algo que os faça ganhar fôlego para se levantarem e ir adiante com suas vidas querendo, a partir desse encontro, buscar a Deus.

Está sempre disposto a ouvir suas queixas e dar=lhes o refresco da Graça.

Mas os que o buscam também entende esse encontro como a possibilidade de reavaliar suas vidas e seguir desse ponto, por um novo caminho?

Nos Evangelhos aparecem inúmeras citações que descrevem a reação das pessoas depois de terem sido contempladas pelo olhar misericordioso de Jesus,

Vão embora sem nada dizer, ficam espantadas com tanta sabedoria, querem saber de onde lhe vem a força, espalham a notícia aumentando a fama de Jesus, e por aí vai...

Algumas outras reações também se encontram nos Evangelhos.

Depois de estar livre dos demônios entra na barca e quer ir com Ele...

Voltam para agradecer...

Atiram-se aos pés em sinal de reconhecimento...

Começam a andar junto com o grupo de Jesus...

Levantam-se da cama e começam a servir...

Para Jesus parece que não há nenhum problema nos dois comportamentos: receber e partir ou receber e ficar junto com Ele. Não há julgamento nem condenação. Mas há um aprendizado.

Explico: os que foram, receberam e partiram tiveram contato com a graça mas não foram capazes de deixarem-se tocar por ela e ficaram com o seu efeito imediato (se estavam com fome, comeram; se estavam com dor, foram sarados, etc) e era só isso que queriam. Mas os que foram, receberam e ficaram descobriram um sentido para permanecer com a Graça. Entenderam que podiam desenvolver sentido amplo para suas queixas e entenderam que mais do que o imediato da situação, poderiam ter suas vidas perpassadas pela luz de Deus. Por isso ficaram...

É aqui que descobrimos algo muito extenso: Deus está sempre disposto a cuidar de mim e de minhas dores. E sempre o faz, de um jeito ou de outro. Mas a resposta e a escolha por estar com Ele é sempre do sujeito. O nosso protagonismo está na escolha de ir embora com a fome saciada ou de permanecer com Ele para se comprometer em vencer toda vez que a fome vier.

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Por isso que o texto de hoje (Lc 4, 38- 44) fala justamente dessa compreensão dinâmica do sim que damos a Deus. A cura da sogra de Pedro: doente, está acamada e sem ânimo. Tendo seu encontro com Jesus, se levanta e começa a servir. A multidão também doente e faminta, recebe sinais da graça. Saciada, tenta impedir que Jesus siga além por que querem sempre estar com Ele, mas o querem refém de suas desejos e caprichos.

É como se o texto nos perguntasse como anda nossa opção pela Graça.

E é como se fossemos convidados a responder com anda nossa religião: de encontro ou de controle?

Fiquem bem.

Comentários

  1. Que bonita reflexão, que nos faz sentir a opção pela a graça constante em nossas vidas!

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