ANUNCIAÇÃO

Hoje queria propor uma dinâmica de meditação. Tente fazer uma lista de coisas que você gosta e que são importantes pra você. Não fique preocupado em fazer julgamentos sobre o que deve constar nessa lista. Apenas escreva e seja sincero consigo mesmo. Procure lembrar de marcas, quantidade e necessidade. Faça tudo como se fosse um diário para quem você pode contar tudo sem temer ser julgado. Depois que achar que a lista esteja completa, leia o texto Mt 13, 31- 35. Leia quantas vezes forem necessárias para que você entenda o alcance da parábola. Depois confronte sua lista com as imagens do texto: a semente pequena e a pequena quantidade de fermento. E refaça sua lista procurando responder às seguintes perguntas: > o que você tem na sua vida e, por ser pequeno e parecer insignificante geralmente você despreza? > o que você imagina que lhe falta e, ainda que seja em pequena porção, teria o poder de fazer crescer sua existência? Pronto.

Assista a essa análise profunda e impactante... Compartilhem.

Hoje a Igreja celebra Santa Marta. Sim, aquela irmã de Maria e de Lázaro. Sim, aquela que teve preocupações grandes para receber Jesus e perdeu a oportunidade de viver o momento presente. Sim, aquela que juntamente com os irmãos, era uma espécie de abrigo afetivo para Jesus. Mas também, aquela que sofreu enormemente com a morte do irmão e diante da sua dor, não fez de conta que estava tudo bem. Colocou-se diante do amigo Jesus e quis discutir com Ele porque havia tido autorização para que a morte ocorresse. Gosto dessa Marta empoderada, que não vive uma fé passiva, mas que se dedica a crer e a encontrar razões para se crer. Essa Marta que tem coração de trabalhadora que faz de tudo para receber bem seu Hóspede, mas que quer aprender a sossegar nos seus pés também para pode partilhar suas dores. Essa Marta disponível para receber Deus sempre, mas que precisa de explicações para poder continuar crendo... O evangelho de hoje passa por esse crivo: dian

E tem parábola na poesia também... Viva João Guimarães Rosa... Viva Milton viva Caetano...

A falsa ideia de que o entendimento é uma forma de privilégio e portanto, um mecanismo de estratificação, não encontra vez na boca de Jesus e muito menos nas suas ações. Existe por parte Dele uma busca constante de fazer-se entender de modo a, chegando nos corações mais distantes e tidos como incapacitados, dar-lhes a chave para entrarem no plano do conhecimento de Deus e da busca por estar mais e mais próximos Dele. Mas atenção: ISSO NÃO É UM BENEPLÁCITO. É UMA POSTURA DE VIDA QUE ORIENTA SUA MISSÃO... No texto de hoje (Mt 13, 10- 17) essa dinâmica causa certo embaraço com os discípulos pois, entendem que o conhecimento das coisas de Deus deve ser apenas restrito ao grupo iniciático e não a todo o povo. Falar por parábolas é o modo como Jesus encontra para chegar aos corações e atenção do maior número possível de pessoas até mesmo, daquelas que ouvem por curiosidade. Primeiro, entendamos a inquietação dos apóstolos: formados num contexto de exclusividade diante de De

Artigo do economista tucano Luiz Carlos Bresser Pereira O ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, declarou ontem à BBC Brasil que tem pena pelo Brasil. Eis sua frase inteira: “Me dá pena. Pena pelo Brasil por ver o que aconteceu com uma comissão que estava estudando as eventuais acusações, em que tiveram que mudar a composição dessa comissão. E tudo indica que houve muita influência para poder colocar gente que não decepcionasse o governo”. Mujica tem pena; eu, com os mesmos 82 anos, tenho vergonha. Não por Temer e …seus amigos, que deveriam estar na cadeia; não pelo Brasil e seu povo, que é a vítima de tudo isso – da ganância e da corrupção dos ricos e seus fâmulos. Tenho vergonha pelas elites econômicas e burocráticas que continuam a sustentar no poder um governo desmoralizado, que atende a todos os seus interesses imediatos. Essas elites apoiam o governo porque ele realiza as “reformas” que salvarão o Brasil – na verdade, que colocam todo o peso do ajuste econômico de que nec

Excelente artigo do professor italiano Giulio Cirignano. O maior obstáculo que se interpõe à conversão que o  Papa Francisco  quer que a Igreja faça constitui-se, em certa medida, pela atitude de boa parte do  clero , superior e inferior. Atitude, às vezes, de fechamento, senão de hostilidade. Como os discípulos no Jardim das Oliveiras, os seus discípulos ainda dormem. O fato é impressionante. Por essa razão, o fenômeno deve ser examinado a fundo, nas suas causas e nas suas modalidades. O  clero  arrasta atrás de si as comunidades, que, ao contrário, deveriam ser acompanhadas neste momento extraordinário. Grande parte dos fiéis compreendeu, apesar de tudo, o momento favorável, o  kairós  que o Senhor está dando à sua comunidade. Grande parte dos fiéis está em festa. No entanto, aquela porção mais próxima de pastores pouco iluminados é mantida dentro de um horizonte velho, o horizonte das práticas habituais, da linguagem fora de moda, do pensamento repetitivo e sem vitalidade.

Eu juro que sempre quis ser feliz. Busquei a felicidade como uma meta a alcançar e como um alvo a nunca errar. Queria acordar todos os dias com o sol brilhando, as nuvens mais azuis que os oceanos, o vento generoso insistindo em desmanchar o meu cabelo e isso nem me perturbaria. Queria encontrar com pessoas e sorridente, dizer bom dia, boa tarde, boa noite e dar e receber sorrisos sem cobranças ou justificativas. Apenas sorrir... Sonhei poder trabalhar e não sentir a pressão dos compromissos do dia e nem perceber o cansaço de quem trabalha e apenas vive. Quis ir e voltar e a todos olhar sem preconceitos e jamais perceber que eu fosse o alvo do receio. Queria a felicidade completa e sem dor e sem tristeza e sem peso. Apenas viver e ser feliz... A vida tratou de mudar meus planos. A felicidade não pode ser meta pois, se assim o for, ela se torna uma busca descontrolada e incansável sem nunca perceber que nem sempre a felicidade está lá, ou acolá. Podendo

Existem em cada época, palavras que são consideradas mágicas para determinado grupo social. Fantasia-se que, dita sem nenhuma motivação para aprofundamento, elas resolveriam os principais conflitos e confrontos humanos. Assim, houve um tempo em que se falava de conscientização: bastava dizer que era isso que faltava às pessoas e tudo estaria devidamente explicado... Depois veio o tal impor limites: em tudo se falava (em especial na educação) que tudo se resolveria porque seria necessário impor limites... Nos dias de hoje, se fala em busca pela felicidade. Em muitas áreas e em diferentes frentes se usa essa motivação para dizer que a vida é uma constante busca pela felicidade. Mas se você der pausa e procurar aprofundar o que é buscar a felicidade, com toda a certeza as respostas ficarão pelo caminho. Aprendemos a identificar a felicidade com o prazer imediato. Ser feliz significa em muitas definições estar feliz e, estar feliz é tão somente ter a sensação de satisfaçã

Acabo de chegar da incursão até o Paraná. Fomos acompanhar o Pe. Cláudio na sua chegada ao Mosteiro da Ressurreição na cidade de Ponta Grossa. Uma viagem longa, cansativa e muito exigente... Mas aproveito para dizer a todos que ele está muito bem, ficou feliz na sua nova casa e com seus novos companheiros. Nesses 2 dias tive a oportunidade de acompanhar a rotina de orações e trabalho da casa e ao que me parece, ele já está aclimatado. Devemos agora manter nossas preces e torcida para que ele faça um bom caminho de discernimento e possa ir respondendo aos apelos de Deus com coragem e ousadia. Que seja um tempo frutuoso para ele, seu ministério e por todos que ele dedicar suas preces. Amém...

Nada que seja realmente humano pode ser catalogado e definido como sendo igual para todo mundo. Muitos já tentaram. Impérios se aventuraram a isso e ruíram. Religiões se propuseram a isso e perderam sua importância social. Famílias e Estado fracassaram no objetivo de querer que tudo seja igual para todos. Os mais conservadores e saudosistas da força tática dirão que é uma pena... Os mais cheios de bom senso reconhecerão que isso é salutar e traduz a riqueza do que somos e temos... Procuro atuar nesse segundo grupo: bem vinda a diferença e a riqueza da diversidade. Fiquei pensando nisso enquanto voltava do velório de um senhor que faleceu essa noite aqui na paróquia e meditava o texto bíblico (Jo 20, 1- 2. 11- 18) que motiva a liturgia desse sábado. Olhando o corpo do falecido e os sentimentos que permeavam o rosto dos presentes no velório pensei na generosidade dos encontros que a vida nos proporciona. Uns choravam um choro triste e doído. Pareciam sentir a perda

As religiões têm uma tendência (por medo ou por zelo excessivo) de interpretar a lei colocando mais peso do que realmente a letra quer dizer. Isso porque, acuada diante das agressões que posem sofrer, preferem aumentar a radicalidade do NÃO para evitar a leveza do SIM. Não se trata de uma ou outra religião. Todas são assim... Nos moldes dos romanos que inventaram as bases do código civil que ainda norteia o ocidente, DURA LEX, SED LEX ou A LEI É DURA, MAS É A LEI. Jesus disse em várias situações sobre o respeito que Ele tem pela Lei e nunca aboliu nenhuma delas pois bem sabe que de algum modo, a Lei sinaliza também para a verdade que se busca conhecer. Mas Jesus tinha uma prática preciosa: NUNCA ABSOLUTIZAVA A LETRA DA LEI POIS SABIA QUE, APLICADA RADICALMENTE, ELA SEMPRE SERVIA A UMA DETERMINADA CLASSE CONTRAPONDO OUTRA GERALMENTE MAIS BAIXA OU MAIS DESPREZADA. No texto de hoje (Mt 12, 1- 8) nos deparamos com uma situação perfeitamente reveladora e ao mesmo tempo, iconoc

Vinde os que estão cansados e fatigados com grandes pesos pra carregar... Meu jugo é leve e meu fardo é suave, diz Jesus. É um convite e tanto não é? Mas se você parar pra pensar o "estilo de religião" que se consagrou entre nós está muito distante disso. A religião, com o intuito de ser fiel, acabou criando um peso muito acima do que aqueles que as pessoas já carregam e dos quais elas não podem, não querem e não conseguem mais carregar. Religião (ao menos no modelo tradicional que conhecemos) se tornou portanto um código de observância estrito e estreito de normas e regras sejam elas morais ou cultuais e tudo gira em torno dessa dinâmica de estabelecer um ser humano ideal que a religião ensina e espera que atinjamos e a triste descoberta que somos incapazes de chegar a esse nível de desenvolvimento pois somos frágeis e fracos e erramos e pecamos e falhamos porque isso está na nossa constituição de seres reais. Para muitos, encastelados na sua hipocrisia con

Jesus tem a tarefa nada simples e bastante profunda de revelar seu Pai à humanidade. Ele faz isso durante toda a sua vida e os efeitos dessa manifestação perduram até os nossos dias, fonte sempre nova e viva de tudo aquilo que Deus é e faz. Mas diferente do que se pode pensar e do que acontece numa situação onde é necessário criar um novo código de entendimento sobre algo ou alguém, Jesus não fica elaborando grandes discursos teológicos e um corpo doutrinal muito complexo. É claro que vai dar algumas chaves teóricas que ajudam a entrar no seu universo relacional com o Pai e na sua compreensão de tudo o que viu e ouviu do Pai. Mas não é a partir da teoria que Ele apresentará o Pai e sim a partir do modo como o Pai pensa, sente, age e se manifesta. Sua escolha está diretamente ligada ao fato de que o Pai só será conhecido e compreendido quando as pessoas experimentarem o que o Pai oferece de mais "emergencial". O que sabemos é que, na medida em que o Filho

A opção religiosa em nossos dias se tornou um souvenir: é apenas uma lembrança que muitos têm quer seja da infância (e daquilo que os pais ensinaram) ou então, um penduricalho que se usa como pingente numa pulseira cheia de outros símbolos e sinais. Em muitos ambientes fica "estranho" não estar ligado a uma piedade, seja ela qual for e por isso, a religião passa a ser apenas e tão somente, uma vaga manifestação de religamento com Deus, com a criação e as pessoas. Não é à toa que muitas sementes que o Semeador semeia sobre nós se perdem quer seja pelas preocupações excessivas da beira do caminho, pelo sufocamento dos espinhos ou então pela dureza das pedras do coração. Ter religião em nossos dias se tornou um fator de aceitação social... Mas não foi sempre assim. Nossos pais na fé tiveram que lutar muito para manterem-se na proposta de vida que Jesus inspirou. Os primeiros cristãos foram testemunhas fieis e experimentaram em seus corpos e mentes os ri

Não é difícil imaginar a quantidade de situações que foram geradas a partir do momento que a mensagem de Jesus começa a atrair a atenção das pessoas e trazer além interesse, desejo de se começar a seguir seus ensinamentos. As famílias judaicas, diretamente ligadas à tradição, acabam por se incomodar por seus membros iniciarem esse processo de ruptura com a tradição milenar que receberam dos pais e o interesse por uma mensagem que, naquele instante, surge como uma novidade religiosa que, mesmo que saibamos que esteja em sintonia com toda a tradição mosaica e dos profetas, mas que para muitos era apenas uma seita de um pregador qualquer.  É nessa perspectiva que está o texto do evangelho de hoje (Mt 10, 16- 23). A perseguição à qual se refere Jesus é justamente aos conflitos que essas famílias experimentam com a novidade de alguns de seus membros estarem se vinculando ao movimento de Jesus. Toda a violência citada no texto é uma forma de negação da possibilidade de Jesus e su

Logo que cheguei em São Gabriel da Cachoeira, lembro-me que tudo era novo e tudo tinha gosto de descoberta. Na verdade era mesmo pois além de conhecer pessoas verdadeiramente novas, num ambiente novo e sem nenhum laço afetivo anterior com ninguém, estava a mais de 5 mil quilômetros da minha zona de conforto. Um dia conversando com um padre que já estava lá fazia anos e era uma espécie de articulador de toda a vida financeira da diocese, ele me disse: QUANDO FORES A UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA ELES SEMPRE VÃO SE MOSTRAR AGRADECIDO POR VOCÊ TER IDO ATÉ ELES. A ROTINA DA COMUNIDADE VAI MUDAR POR CAUSA DA SUA VISITA. TODOS VÃO FESTEJAR SUA CHEGADA. E SEMPRE VÃO OFERECER O QE TEM DE MELHOR PARA SEU CONFORTO: SE TIVEREM COMO MATAR UM BICHO DE CAÇA VÃO TE OFERECER. SE TIVEREM UM PEIXE VÃO POR À MESA. MAS SE TIVEREM SÓ BISCOITO ÁGUA E SAL TAMBÉM DIVIDIRÃO COM VOCÊ. E pra completar me disse: NÃO OLHE APENAS O QUE ESTÁ SENDO OFERECIDO. OLHE A ALEGRIA DE QUEM OFERECE. Aquela conversa com

Ser ou não ser convidado para um evento é algo que pode angustiar algumas pessoas. A ideia de ser rejeitado ou esquecido causa um certo transtorno pois, em alguns ambientes, estar em determinado local cercado por pessoas que são consideradas, pode ajudar na autoestima.  Mas não é só né? A gente fica encucado em pensar nos motivos que levaram o esquecimento do nosso nome para o convite daquela festa, daquele passeio ou até mesmo daquela brincadeira. Queremos ser lembrados nem que seja para depois dizer que não poderemos ir. O evangelista Mateus faz essa memória dos nomes dos que foram chamados para iniciar com Jesus a experiência comunitária da pregação e anúncio e testemunho do Reino. Ele cita 12 e sabemos que esse número faz ligação direta com as tribos que também eram 12. Mas esse nomes são importantes porque vão dando identidade ao serviço pastoral de quem se sente chamado para o Reino. No texto de hoje (Mt 10, 1- 7) além de sabermos a lista dos convidados, sabemos

Já pensaram na mulher recém curada cantando essa letra??? Fiquem bem

Jesus foi chamado para atender uma necessidade e enquanto caminhava para o local, uma outra solicitação lhe toma a atenção. O evangelho desta segunda feira (Mt 9, 18- 26) faz um retrato fiel da vida do missionário do Pai: por onde vai, está atento aos apelos em favor da vida e não se esquiva diante das necessidades. O primeiro chamado é para atender aos apelos de um pai que chora a morte da filha. Preocupado e entristecido com aquela situação, o referido pai pede apenas um toque para que a menina recobre as forças. Não sabemos a idade da menina mas com certeza era mais jovem que a mulher que o toca enquanto caminha. E aqui está um requinte na narrativa: a mulher está doente com a perda de sangue já faz 12 anos. Talvez seja essa a idade da menina... Mas em ambos os casos, a saúde da mulher está indo embora. Perder sangue é perder a energia vital que movimenta a vida e, tanto a mulher adulta como a menina parecem sofrer com a perda dessa energia. Tanto é que a menina ap

Cerimônia de afeto onde o bebê é passado de colo em colo para que saiba que será cuidado por todos. Algo a nos ensinar...

Jesus tratou logo de dar uma dimensão comunitária para a sua missão. Constituiu um grupo de homens e mulheres que, além de lhe fazer companhia, gerava Nele o ato pedagógico de ensinar como fazer o trabalho missionário: EIS QUE EU ENVIO VOCÊS... Nesse grupo, como em qualquer outro, as diferenças são bem vindas e as dificuldades aceitas a priori. Não há uniformidade e muito menos busca pela padronização. As pessoas podem ser quem são e descobrir o que a presença de Jesus e a sua mensagem lhes inspira como convite à vida nova. Outra característica de um grupo é o controle que se pretende sobre seus membros. E é desse controle que nasce as regras em demasia que geram uma superprodução de NÃOS esquecendo-se do bem maior. O texto de Mt 9, 14- 17 que lemos nesse sábado é um bom exemplo do quanto Jesus está além disso e o quanto as comunidades precisam aprender o que é a essência do seu grupo para não se perder com penduricalhos excessivos. Os discípulos de João questiona

Essa música pode nos ajudar a continuar meditando o Evangelho de hoje: fugir das armadilhas da mata escura... Fiquem bem.

O Evangelho desta sexta- feira (Mt 9, 9- 13) é uma grande riqueza para nossa reflexão pessoal e nossa vontade de aperfeiçoar nosso seguimento a Jesus. Mas é também uma espécie questionamento direcionado para que não caiamos ou saiamos da armadilha que muitas vezes entramos ou nos colocam dentro. O texto é simples: Jesus seguindo seu compromisso missionário se senta à mesa para refeição com Mateus que era cobrador de impostos (categoria detestável para os judeus ortodoxos) e isso atrai outros cobradores de impostos e pecadores. Esse gesto simples e cotidiano na vida de quem está a caminho, sem residência fixa e sem grandes badalações, gera nos expectadores que já não conseguiam entender o projeto e a proposta de Jesus uma reação imediata: como pode alguém da parte de Deus se sentar com os pecadores? Do ponto de vista da lógica e da racionalidade, ninguém se atreve a dizer que é mais santo e perfeito do que outra pessoa. Até fazemos algumas inflexões do tipo "todos somos p

No ano 2000, por ocasião do grande Jubileu dos dois milênios de Jesus, na paróquia onde eu atuava pensamos numa série de possibilidades para festejar e expandir o sentido daquela celebração para nossos paroquianos e para além da praça pequena que conseguíamos falar. Dentre as inúmeras iniciativas, a criação de um blog que fosse atualizado diariamente e trouxesse além da meditação diária, assuntos e temas pertinentes à vida e realidade do povo naquele contexto. Foi aí que criei o blog ENTREABERTAS. Por 4 anos escrevi diariamente naquele blog e com isso, desenvolvi um gosto especial por rascunhar ideias. Confesso que algumas bem ruins e outras com alguma qualidade. Mas escrever passou a ser alimento diário para mim e ficou indissociável da minha rotina: escrever ficou necessário. Depois disso tive mais dois blogs e recentemente tentei incursionar pelo Facebook sempre tentando dar cabo a essa necessidade premente. Confesso que nas redes sociais me sentia peixe fora d'águ