ANUNCIAÇÃO

Ganhar... Eita palavrinha que nos pega sempre e nos faz pensar a vida e até a eternidade a partir dos cômputos financeiros ou benemerências. Parece que, carentes que somos, precisamos ganhar sempre e de todo modo para fazer valer nossa existência. Podemos dar o nome que quisermos. Mas uma coisa é certa: essa mentalidade não está de acordo com Jesus e sua Palavra. Em Mc 10, 28- 31 que é o texto que nos motiva na liturgia de hoje, Pedro pergunta para Jesus o que eles, discípulos, ganharão por ter deixado tudo e ter seguido... Porque Pedro precisava apresentar essa pergunta pra Jesus em nome da Igreja nascente? Provavelmente porque estavam se sentindo confusos pois, tinham rompido com suas tradições religiosas e começaram a seguir Jesus e as perseguições aumentaram e foram, além de ridicularizados, ofendidos e agredidos correndo risco de vida, assim como acontecia com o Mestre. A pergunta então se torna obvia: pra aguentar tudo isso qual será nossa recompensa?

Na Idade Média se difundiu com muita destreza a crença de se encontrar a fonte da juventude. Ficar sempre jovem ou pelo menos, retardar mais e mais os efeitos do tempo e na ocasião, as consequências das inúmeras doenças que matavam multidões de pessoas. Encontrar o elixir que pudesse manter-nos vivos por mais tempo que nossos anos pudessem no segurar. Variações desse tema surgiram por todo canto. Pessoas que diziam ter encontrado aquilo que as manteria jovens e com disposição para viver bem e quiçá, pra sempre. Da mesma forma que essa crença nos rendeu muitos escritos literários saborosos e animadores, moveu-se também as consequências desastrosas dessa ambição humana: querer ser eterno quando se é feito de barro. Nos nossos tempos a ciência tem se esforçado para manter viva essa chama. Cirurgias estéticas surgem de todos os lados prometendo trazer volta o tempo que passou e que não queríamos que o tivesse. Remédios surgem aos montes prometendo retardar os efeitos do tempo

LISTA DE FILMES QUE PODEM AJUDAR NO TRABALHO DE EVANGELIZAÇÃO EM BARCELOS- AM 1)       Juno 2)       Os sem floresta 3)       Mohana 4)       Escritores da liberdade 5)       Sociedade dos poetas mortos 6)       A onda 7)       Nenhum a menos 8)       Ser e ter 9)       Mãos talentosas 10)   Como estrelas na terra 11)   Coach Carter- treino para a vida 12)   A voz do coração 13)   Quando tudo começa 14)   O substituto 15)   A corrente do bem 16)   O pequeno Nicolau 17)   Um sonho possível 18)   O menino do pijama listrado 19)   O dia depois de amanhã 20)   Wall- e 21)   As aventuras de Peabody e Sherman 22)   O menino e o mundo 23)   Turma da Mônica- uma aventura no tempo 24)   O grilo feliz 25)   Tainá 3 26)   As aventuras do avião vermelho 27)   Eu e meu guarda chuva 28)   Corda bamba, a história de uma menina equilibrista 29)   O menino no espelho 30)   O segredo dos diamantes 31)  

Depois de mais de duas décadas como padre e gastando grande parte de o meu ministério no atendimento das pessoas que me procuram para conversar, partilhar, esclarecer dúvidas e buscar conforto, posso afirmar sem medo de errar que muitas pessoas preferem que nossas respostas e posições sejam preto no branco: sim sim e não não. Aprenderam uma religião de sim e de não e acabaram por ficar fechadas num ciclo vicioso que fomenta apenas a determinação dada por alguém ou por uma instituição para orientar suas vidas. Claro, isso enquanto tínhamos um uníssono de vozes: no caso religioso a Igreja falava e todos mesmo quem não concordava, acabava aceitando como sendo certo e verdadeiro. Engraçado que querem uma resposta fechada em si mesma e não refletir e assumir o protagonismo em suas vidas permitindo ser iluminada pela doutrina que se dispõe a seguir, mas também sendo responsável pelas próprias escolhas. Mudaram-se os tempos. Apareceram outras vozes religiosas e até, vozes que ne

Em tempos idos, as diferenças eram resolvidas através de batalhas onde, se sobrepunha ao outro, aquele grupo que tivesse mais traquejo para a luta e para comandar. Quantas não foram as conquistas que se deram a partir desse tipo de luta: SE NÃO SÃO DOS NOSSOS, NÓS OS CONQUISTAMOS E FORÇAMOS A SEREM NOSSOS MANDADOS. Vencido esse tempo, a Antropologia nos aponta que as "batalhas" passaram a ser dramatizada a partir dos times, das disputas e festivais de luta, dança ou música. Naquele novo terreno, agora representativamente, se conquista a superioridade de um grupo sem necessariamente se sobrepor aos demais. Os que ainda insistem em manter o esquema anterior, são os que promovem senão a guerra propriamente dita, mas as pequenas batalhas diárias que ouvimos falar nas portas das escolas onde uma gang quer se sobrepor a outra, onde uma facção criminosa ocupa o território da outra, onde um país que se acha no direito de invadir ou destruir a vida e a cultura de um povo.

Todo processo religioso que de fato valha a pena passa pelo encantamento com a pessoa de Jesus e logo em seguida, com o aprofundamento de quem Ele é, o que propõe e para onde nos convida a andar. Muita gente se encanta muito facilmente... Às vezes num encontro, outras num acontecimento triste da vida, outras ainda porque descobrem a religião e acabam por encontrar o tesouro de suas vidas. Mas nem todo mundo aceita aprofundar a fé... E isso é completamente estranho porque, sem esse aprofundamento, o encantamento tende ou a se dissipar e virar decepção ou então, ficamos sempre num fé inacabada sem profundidade e, por consequência, sem raízes para suportar as dificuldades que a vida nos apresenta. Encantar-se é deixar tocar pela intimidade e pela beleza da pessoa de Jesus. Aprofundar é amar de um tanto que se acaba por querer conhece-lo mais e mais afim de tornar-se íntimo não só da ideia que se fez Dele, mas do seu projeto e do seu caminho. Basta que olhemos para os

Pouco a pouco estamos a aprender a viver sem interioridade. Já não necessitamos de estar em contato com o melhor que há dentro de nós. Basta-nos viver ocupados. Contentamo-nos com funcionar sem alma e nos alimentarmos só de bem-estar . Não queremos expor-nos a procurar a verdade. Vem, Espírito Santo, e liberta-nos do vazio interior. Temos aprendido a viver sem raízes e sem metas. Basta-nos deixarmos programar de fora . Movemo-nos e agitamo-nos sem cessar, mas não sabemos o que queremos nem para onde vamos. Estamos cada vez mais bem informados, mas sentimo-nos mais perdidos que nunca. Vem, Espírito Santo, e liberta-nos da desorientação. Já só nos interessam as grandes questões da existência. Não nos preocupa ficarmos sem luz para enfrentarmos a vida. Fizemo-nos mais céticos, mas também mais frágeis e inseguros . Queremos ser inteligentes e lúcidos. Mas não encontramos sossego nem paz. Vem, Espírito Santo, e liberta-nos da obscuridade e da confusão interior. Queremos vi

Pouco a pouco estamos a aprender a viver sem interioridade. Já não necessitamos de estar em contato com o melhor que há dentro de nós. Basta-nos viver ocupados. Contentamo-nos com funcionar sem alma e nos alimentarmos só de bem-estar . Não queremos expor-nos a procurar a verdade. Vem, Espírito Santo, e liberta-nos do vazio interior. Temos aprendido a viver sem raízes e sem metas. Basta-nos deixarmos programar de fora . Movemo-nos e agitamo-nos sem cessar, mas não sabemos o que queremos nem para onde vamos. Estamos cada vez mais bem informados, mas sentimo-nos mais perdidos que nunca. Vem, Espírito Santo, e liberta-nos da desorientação. Já só nos interessam as grandes questões da existência. Não nos preocupa ficarmos sem luz para enfrentarmos a vida. Fizemo-nos mais céticos, mas também mais frágeis e inseguros . Queremos ser inteligentes e lúcidos. Mas não encontramos sossego nem paz. Vem, Espírito Santo, e liberta-nos da obscuridade e da confusão interior. Queremos vi

Que te importa isso? pergunta Jesus à retrucagem de Pedro sobre quem iria trair o Senhor. Pedro como qualquer um de nós às vezes temos a tendência de querer se importar demais com coisas que não deveriam nos importar. E isso não só no aspecto do controle sobre a vida dos outros e os fatos que nos cercam. Mas também com assuntos que não deveriam estar na nossa ordem do dia. A conversa entre João e Jesus sobre quem o iria trair e o modo como o Senhor desconversa dizendo que ele permaneça até que Ele venha... na verdade, a discussão está sendo encaminhada para o entendimento das ações do futuro traidor a partir da misericórdia e que, segundo os planos de Deus, somente Ele poderá julgar. Mas Pedro quer ser informado... como líder do grupo e já nomeado como cuidador da Igreja nascente, pensa ter que saber tudo a todo tempo... Ledo engano. Passaram-se muitas coisas pela minha cabeça na meditação dessa manhã, mas uma me chamou a atenção. Estou lendo um livro chamado A DO

A CULTURA E AS CULTURAS Existem algumas músicas que marcam a nossa vida e até uma geração inteira né? Eu sou um verdadeiro colecionador desse tipo de coisas: tenho músicas que basta ouvir os primeiros acordes e já estou revivendo aqueles sentimentos e ou experiências que ficaram marcadas na minha vida. Nessas andanças pelo Brasil através de encontros, congressos ou mesmo passeio sempre tem uma que marcou um momento de luta e de conquista ou derrota. E engraçado, novas gerações que nem sempre viveram o momento, acabam também adquirindo esses sentimentos. Claro, nem posso me atrever a querer reter os direitos autorais de nada. Elas foram feitas para servirem de vivência mesmo. Hoje queria partilhar um sentimento novo que nasceu a partir de uma música velha, relida e ressignificada nesse momento específico da minha história. Os Titãs cantavam no início da década de 90: A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA, A GENTE QUER COMIDA DIVERSÃO E ARTE (ou coisa assim). Naque

João, o evangelista, captou perfeitamente o contexto em que Jesus se despedia da comunidade e orava pela comunidade nascente. Trabalha temas fundamentais dessa relação, mas principalmente, instrui de forma orante a ação e permanência dos discípulos no caminho da missão. Jesus fala ao Pai. E diz da grandeza dos laços que os uniram desde sempre e que permanecerá agora que Ele volta para o Pai. Voltar para o Pai é uma imagem linda porque denota a intimidade de quem chega sabendo-se que está sendo aguardado. Mas não existe uma sensação de abandono daqueles que ficam. Jesus ora por eles e pede que se reproduza neles e nas relações que manterão, o mesmo sinal da unidade, porque sabe que esse laço, difícil de se conseguir e mais ainda de manter, será  o grande desafio da missão. O mundo os reconhecerá se forem capazes de manterem-se unidos a Cristo e entre si. A história provou que Jesus tinha razão na sua preocupação com esse tema: quantas divisões foram feitas e quantas se