A VOZ DO FILHO NOS ENCAMINHA AO PAI

Pedi ao Pai em meu nome e Ele vo-lo dará...

Aprendemos a ler esse tipo de versículo a partir de uma visão mercantilista e cheio de sentido de troca.. pedimos, Deus nos atende e pagamos com algum tipo de piedade.

O problema está num tipo de prática que fraciona nosso olhar para que vejamos apenas a palavra que nos interesse. No caso, pedi e vos será dado. Com isso nosso cérebro faz as sinapses imediatas e aciona o conceito já assimilado: quero uma coisa, pago e consigo.

Tenho muita dificuldade em acreditar que seja disso que Jesus falava.

O que me parece bem oportuno é a visão geral e abrangente da missão que Ele veio realizar e da busca que a comunidade que o segue deve fazer.

A missão é salvar. Mas salvar implica em agir para que os sinais de vida (cura, partilha, perdão, encontros, respeito, vencer os preconceitos, etc) sejam ativados dia a dia a ponto de fazer com que tudo isso, ao acontecer, seja verdadeiro sinalizador das coisas que buscamos e queremos com a Salvação. Em matéria de fé em Jesus não há saltos e nem possibilidade de ignorar etapas. É sempre, é cada dia, é hoje...

Por isso a vinculação de que o que pedirmos (ou fazermos) no nome Dele será reconhecido pelo Pai. Não como quem troca, mas como quem entendeu o que vincula e o que faz realmente valer a pena o seguimento.

A comunidade dos fiéis quando descobre essa dinâmica não se afasta Dele e nem se sente no direito de romper os laços que a vincula a Cristo. Por isso recebe a presença de Jesus nas suas mais diferentes manifestações (Palavra, Eucaristia, Sacramentos, etc) mas também nas feições das pessoas onde Ele disse EU ESTAVA NAQUELA SITUAÇÃO E VOCÊ ME VIU E ME IGNOROU OU SE PREOCUPOU EM FAZER-ME ALGO...

Fiquem bem.