APRENDEI A ENTENDER
Vejam e observem o que eles ensinam sobre a Lei, mas não copiem suas ações...
Jesus mais uma vez está sendo observado e questionado sobre o modo como a religião do seu tempo funciona e sobre a maneira que Ele reage a isso.
Para Ele não há problema algum na interpretação que os fariseus e doutores da lei fazem Palavra. Estão autorizados a faze-lo. Mas existe um problema: muitas vezes, baseados na garantia das benesses que têm, agem de forma contrária ao que ensinam.
Aqui está o X da questão: teoria e prática.
Mas existe algo mais profundo: não pensar que alguém possa ser exemplo absoluto do seguimento a Deus porque, como pessoa e imerso nos conflitos humanos que todos passamos, nem sempre se consegue ser fiel àquilo que se entende da relação com Deus.
Existe um dado importante: o respeito ao ensinamento.
Para nós, os batizados devem descobrir em si essa capacidade e dom de ensinar as coisas de Deus.
Mas não se pode maximizar e absolutizar a pessoa como se ela, por mais correta e coerente que seja, seja incapaz de cometer um deslize.
O ensinamento tem a força de quem lê, reflete e propõe.
A escolha e aplicação depende de cada um dentro do seu contexto e da sua capacidade de seguir.
Por isso até que fica inviável a aplicação pura e simples de regras que sejam universais.
Ainda que exista o consenso do significado da Lei, o sentido cada um deve buscar a partir da realidade em que se encontra.
Lembro-me que um dia numa reunião de padres falei isso e um padre já idoso me disse que eu era louco por pensar dessa forma. Mas procurei relevar e entender o seu tempo de formação e sua maneira de ver e ensinar a religião. Anos depois, estivemos juntos no mesmo trabalho e um dia refleti com ele.
O senhor se lembra do acontecido? Claro que me disse que não. Daí procurei refrescar sua memória e tratei de dizer: observe o como o senhor trata aqueles que lhe dão carona (pois ele já não dirigia) e os demais. Observe como o senhor ajuda quem precisa e lhe são caros e os demais. Observe quantas vezes vi o senhor sair de madrugada para visitar o filho de quem o senhor respeita no hospital e quantas vezes encontrou uma desculpa para não faze-lo...
Não arredou o pé. Disse-me que a lei é a lei.
Mas eu sei e ele também sabia que a lei precisa de afeto e precisa de sentido... senão, letra morta é capaz de nos tornar infértil.
Da nossa parte: aprender com quem nos ensina. E tratar de criar capacidade de olhar para o ensinamento como um dom e para sua prática como um convite que aceito e aprendo a vive-lo dia a dia.
Amém.
Fiquem bem.
Nem todo padre tem uma cabeça aberta como a sua...acredito que a maioria não o é!!!
ResponderExcluirA aplicação pura da lei...causa desconfortos e sofrimentos...pesos que muitas x nem deveríamos carregar....pois nos consideramos culpados....
Jesus ...levaria em conta vários fatores ..como vc bem explicou,e como Ele sempre ensinou e agiu!!!
Amém! Ensinar e gostar de estar ensinando é um dom maravilhoso qdo estamos dando bons exemplos, esses modelos sao transformadores acabam com a indiferença, pois algumas atitudes convencem e comovem por isso, gosto muito desses dizeres : --``ensine o que vc sabe, mas faça o que vc ensinou.´´ //////// Boa noite Abraço
ResponderExcluirAgradeço pelos seus ensinamentos... quem tem ouvidos para ouvir que ouça ne?! Beijos!
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