Postagens mais visitadas deste blog
TEMPO NOVO
Quando percebeis que a figueira está com broto sabeis também que o verão está próximo, diz Jesus. Talvez se isso fosse dito em nosso tempo Jesus teria algumas dúvidas porque, com as mudanças climáticas e a enormidade de mutação no ciclo natural das coisas, ficaria difícil simplesmente detectar quando uma coisa ou outra realmente vai acontecer. Mas os sinais estão aí... No seu tempo, os brotos da figueira diz que o verão se aproxima. Em nosso tempo inúmeros são os sinais que nos diz que precisamos acolher a nova estação ou o novo tempo. A liturgia tem esse papel: ela nos lembra do ciclo do mistério que atua para nosso encontro com Deus. Estamos por iniciar o advento. Tempo de expectativa de esperança e confiança. Nem sempre fazemos isso com a profundidade que se pede. Achamos que o advento é como o pré natal que se enfeita para que o papai noel desça pela chaminé. Advento é a renovação da aliança: Deus promete nos visitar e dá um tempo para que observemos os sinais e pos
COMO CRIANÇAS
A versão romanceada da idade infantil é muito recente. Até umas décadas atrás, as crianças eram vistas e aceitas apenas como um rascunho daquilo que o ser humano poderia a vir a se tornar, tanto que em muitas culturas, se dizia que entre escolher a morte de um adulto que já sabemos o que ele é e aquilo que é capaz de fazer e a de uma criança, que ninguém sabe o que será, escolha-se a morte do infante. A publicidade descobriu o quanto amolecemos nosso coração com a figura infantil e tão logo, pode, tratou de colocar crianças para vender coisas ou para fazer o contraponto de venda. Se prestarmos atenção nas propagandas, 80% delas passa pelo conceito infantil de se fazer o consumo porque isso agradaria ou seria bom para "meus filhos". Essa visão permanecerá até quando houver novo entendimento sobre qual idade é a mais rentável. Por enquanto é a que temos. Mas no tempo de Jesus isso não era tão simples e nem tão aceitável. As crianças nem contadas eram porq
Confesso que não assisti ao vídeo do Bob Fernandes. Em minha opinião ele é escancaradamente tendencioso. E isto não seria nenhum problema (todos nós temos o direito de escolher um lado), não fosse o fato de ele insistir em parecer neutro e, não importa o tema de sua fala, dá sempre um jeito de atacar qualquer um que não atenda aos interesses do Lula e do PT. Para mim essa posição é que torna intolerável os seus textos. Mas esse não é o foco, e sim o Reitor Cancellier. Nesse episódio confesso que não tenho elementos para formar convicção. Parece que houve de fato excesso no trabalho policial, o que só o tempo nos dirá. Entretanto, se de um lado é perfeitamente compreensível o tormento da humilhação. De outro, o suicídio, como atitude extrema, sempre me leva a concluir uma situação insolúvel, ainda que esse pensamento resulte de uma mente perturbada. Não era, segundo o que se lê, o caso do Reitor. Também não combina com seus antecedentes de militante do Partido Comunista, participante da novembrada, exercício de assessoria a políticos, ou seja, o Reitor era alguém acostumado a embates e confrontos. De concreto apenas o bilhete onde diz que sua morte foi decretada quando foi proibido de entrar na Universidade. Acho que jamais saberemos de fato o que o levou a essa atitude.
ResponderExcluir