A ESPERA

Imaginem você se cada um de nós tivéssemos um calendário onde se inscrevesse a data e a hora da morte das pessoas que amamos e da nossa própria... Parece que a vida seria mais feliz não é?

Provavelmente não, porque ficaríamos fechados na ideia absurda de que podemos tudo e não tememos nada. Além do que, imagine a véspera dessa data fatídica todos chorosos, abraçando e lamentando a partida iminente... seria muito pior.

Assim também acontece com a volta de Jesus.

Se soubéssemos quando e a hora ficaríamos esperando, mas seria falsa essa espera porque seria em função da vinda que nos prepararíamos e deixaríamos de lado o caminho do amor, da confiança, da entrega e o mais importante, do discipulado...

Ser discípulo implica em viver a vida com todas as contradições que ela tem, mas significa também abrir espaço para aquilo que não domino e não controlo. Por isso o caminho é de liberdade: se quero esperar e viver segundo seu ensinamentos (discipulado) faço isso com total liberdade e entrega e confio pois sei que quando voltar (seja de que jeito for e quando for) estarei em comunhão com Ele e Ele comigo.

O que muitas vezes fantasiamos é que seria mais fácil programar esse volta e e essa vinda pois assim não teríamos com o que nos preocupar.

Mas eu pergunto: e a entrega? e a confiança? e o desejo sincero desse encontro? e vontade de estar com Ele?

Sem calendário é melhor.

Basta viver com sabedoria e responsabilidade.

E basta confiar e viver essa espera com profunda convicção de saber em quem se colocou a esperança.

Fiquem bem.