A VIÚVA SÁBIA
Dia desses brincando com uma criança bem pequena ao sair da missa, pedi que me desse um biscoito. Ela olhou para o pai que a segurava pela mão como se dissesse E AGORA? e o pai, pronto para salvar o rebento da situação embaraçosa saiu dizendo PADRE, INFELIZMENTE NÃO TEM MAIS.
A criança entendeu a mensagem e prontamente me ofereceu o biscoito que estava já mordido e confesso, com alguma baba.
Aquele foi o biscoito mais saboroso que comi na minha vida. Porque? Porque era o que ela tinha e ela não quis deixar o não como primeira e única resposta.
Rezei isso hoje quando li o texto de Lc 21, 1- 4: a viúva que deposita apenas uma moedinha e, segundo os critérios de Jesus, é quem deu mais naquela fila de oferendas.
Jesus detecta na viúva a simplicidade de quem sabe que o valor depositado não tem importância nenhuma e sim o gesto e o significado de oferecer. Ela tinha consciência de que, se as ofertas são pra Deus, não haverá nenhuma recusa na pequena quantia depositada.
As vezes somos muito tacanhas em nossa compreensão sobre o mundo e sobre Deus.
Primeiro, tendemos a achar que quem mais dá mais receberá. A teologia da retribuição fica sempre à espreita para nos enganar sobre Deus.
Mas depois, ficamos envergonhados de não poder oferecer como quem dá grandes quantias. E não estou falando de ofertas para a Igreja apenas. Em qualquer situação, tendemos a achar que os ricos são mais felizes porque podem ajudar mais do que eu com minha pequena moeda.
Podem... Mas nem sempre fazem...
Porque uma das regras básicas do nosso tempo é acumular em qualquer situação. E mesmo tendo, as pessoas se fazem de rogada e não conseguem se desapegar.
O menino da porta da igreja entendeu o que significa encontro: tenho um biscoito mordido e tem alguém que quer um pedaço. Toma...
Essa generosidade precisa ser despertada em nós sob pena de ficarmos cegos como os dois grupos do texto de domingo e, sem querer enxergar, esquecer das letras pequenas...
Fiquem bem.
A criança entendeu a mensagem e prontamente me ofereceu o biscoito que estava já mordido e confesso, com alguma baba.
Aquele foi o biscoito mais saboroso que comi na minha vida. Porque? Porque era o que ela tinha e ela não quis deixar o não como primeira e única resposta.
Rezei isso hoje quando li o texto de Lc 21, 1- 4: a viúva que deposita apenas uma moedinha e, segundo os critérios de Jesus, é quem deu mais naquela fila de oferendas.
Jesus detecta na viúva a simplicidade de quem sabe que o valor depositado não tem importância nenhuma e sim o gesto e o significado de oferecer. Ela tinha consciência de que, se as ofertas são pra Deus, não haverá nenhuma recusa na pequena quantia depositada.
As vezes somos muito tacanhas em nossa compreensão sobre o mundo e sobre Deus.
Primeiro, tendemos a achar que quem mais dá mais receberá. A teologia da retribuição fica sempre à espreita para nos enganar sobre Deus.
Mas depois, ficamos envergonhados de não poder oferecer como quem dá grandes quantias. E não estou falando de ofertas para a Igreja apenas. Em qualquer situação, tendemos a achar que os ricos são mais felizes porque podem ajudar mais do que eu com minha pequena moeda.
Podem... Mas nem sempre fazem...
Porque uma das regras básicas do nosso tempo é acumular em qualquer situação. E mesmo tendo, as pessoas se fazem de rogada e não conseguem se desapegar.
O menino da porta da igreja entendeu o que significa encontro: tenho um biscoito mordido e tem alguém que quer um pedaço. Toma...
Essa generosidade precisa ser despertada em nós sob pena de ficarmos cegos como os dois grupos do texto de domingo e, sem querer enxergar, esquecer das letras pequenas...
Fiquem bem.
Que gesto lindo do menino...Que nos tb tenhamos esse desprendimento, e sejamos generosos com as pessoas ao nosso entorno...como nos ensinou Jesus...
ResponderExcluirAchei lindo seu texto.Já contei e recontei pra umas pessoas com quem estive hj.É interessante que com um fato comum (pedirmos pra criança algo) achando que certamente ela nao gostaria de nos dar e vc padre consegue pensar num texto dessa grandeza, chamando quem lê ou ouve pensar na solidariedade.Que lindo.
ResponderExcluirAchei lindo seu texto.Já contei e recontei pra umas pessoas com quem estive hj.É interessante que com um fato comum (pedirmos pra criança algo) achando que certamente ela nao gostaria de nos dar e vc padre consegue pensar num texto dessa grandeza, chamando quem lê ou ouve pensar na solidariedade.Que lindo.
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