PORQUE NÃO VAMOS?

Uma das coisas mais interessantes no estudo da Teologia dos Ministérios é o fato simples e cabal: Deus poderia fazer tudo sozinho e poderia realizar coisas melhores do que aquelas que sabemos fazer, MAS QUER CONTAR COM COLABORADORES/AS NA MISSÃO.

É muito significativa essa compreensão da relação do chamado e da resposta. Poderia ser de um jeito melhor, mas não seria do jeito que ensina, que conscientiza, que faz crescer a esperança.

Por isso mesmo ler Lc 10, 1- 12 é sempre um prazer.

No texto descobrimos que além dos apóstolos Jesus conta também com uma equipe de multiplicadores de 72 pessoas que são enviadas para todos os lugares AONDE O PRÓPRIO JESUS DEVERIA IR.

Aparece para nós um sinalizador daquilo que é mais interessante na missão de Jesus: salvar e constituir uma equipe que seja capaz de ir a muitos lugares para dizer da verdade que os salvou.

É uma fé dinâmica que não opera no sossego e nem se conforma com o obrigatório e competente. É uma fé que envia, que leva que apresenta o terreno e se dispõe para o plantio.

Lembro-me que fizemos uma assembleia da Pastoral da Juventude do Norte 1 (Amazonas/ Roraima) com essa temática. Os jovens de todo o norte viveram para São Gabriel e, mesmo sendo de mais perto do que nós, descobriram um mundo totalmente diferente e aceitaram a missão de serem constituídos missionários para ir nas comunidades e aldeias mais distantes sabendo que iam, para onde Jesus deveria ir.

Ou seja, iam porque Jesus iam neles...

Belíssima foi a partilha depois do encontro: sabendo que iam porque precisavam representar Jesus e saber que Jesus estava por lá a espera das ações missionárias para se manifestar.

Perdemos muito disso.

Não vamos a lugar nenhum onde Jesus deva ir...

Não recebemos ninguém que venha em nome Dele...

Ficamos apenas levando uma fé de banho maria que serve apenas o requentado de ontem e não transforma e nem encanta mais.

E depois reclamamos que estamos desanimados...

Vai entender...

Fiquem bem.