QUEM É JESUS?

Mais de uma vez Jesus teve que reorganizar os pensamentos da Igreja Primitiva: esperavam um determinado modelo de Messias e acabaram tendo que reencontrar o verdadeiro sentido da redenção a partir do modelo que Jesus mesmo veio trazer e encarnou.

Isso gerava conflitos. Não era de modo algum, uma catequese simplória ou simplista.

Precisava de sentido para poder fazer valer o que de fato esperavam e encontraram em Jesus. E o Mestre atento e cuidador dessa limitação, sempre ajudou a comunidade primitiva a redescobrir o sentido da espera. E essa comunidade, tão bem formada nos caminhos de Jesus, nos deixou os testamentos da fé como forma de também nós nos formarmos nesse discipulado.

Mas também ocorria que os que estavam fora do grupo de Jesus também apresentavam uma interpretação que se diferenciava do que viam em Jesus e a todo tempo, ficavam cobrando achando que Jesus ora fosse um charlatão, ora um pelego rendido ao Império, ora um herege, ora um louco sem grandes ideias.

Esses que estão fora querem a todo momento encaixar Jesus no modelo que sobrevivia em seu imaginário: para ser Filho de Deus tinha que ser de determinado modo. 

E Jesus?

O tempo todo fazendo um esforço de ampliar o entendimento e a recepção da Boa Nova que Ele representava.

No evangelho que lemos nesta segunda feira Jesus é cobrado por não pagar impostos no Templo. O que significa dizer que Ele não cumpria um preceito religioso e portanto, como poderia ser o Filho de Deus?

Jesus vai começar seu ensinamento por Pedro. Líder da Igreja nascente, ele precisa aprender a julgar os acontecimentos e ajudar os demais a encontrar sentido.

Que te parece, pergunta ele...

Pedro parece ter já entendido que se Jesus é o Filho porque pagaria imposto.

Mas quem está fora do grupo talvez ainda não consiga madurar sua compreensão sobre quem é Jesus e o que Ele veio inaugurar.

Por isso, para não escandalizar e não deixar as pessoas sem resposta, Jesus pede a Pedro que vá pescar (já não mais serás pescador de peixe mas de gente!!!) e vai encontrar um moeda no peixe que deve ser entregue como oferta por Ele e pela Igreja.

Mas se voltarmos ao início da perícope, veremos que o grande pagamento seria feito com a cruz e grande redenção seria a ressurreição.

Paga. Mas paga sabendo que isso não tem muito valor diante de Deus porque o que faz as coisas se renovarem é a entrega única e definitiva de Jesus na cruz...

Fiquem bem.

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