QUANTO EU VALHO?

Numa sociedade de consumo, tudo tem seu preço e seu valor.

Normalmente essa cifra é definida pelos outros que nos dizem quanto custa a coisa, o sonho, o tempo, o caminho e até a pessoa.

Somos pessoas coisificadas que, a partir de uma lógica nefasta e mordaz, faz com que tratemos tudo e todos a partir de um preço e a partir de um consumo.

No tempo de Jesus, ainda que essa lógica fosse menos selvagem, também existia essa coisificação das pessoas e ideais. Tudo girava em torno de se ser ou não escolhido por Deus e portanto, a vida valia mais ou menos de acordo com essa tabela de proximidade.

No nosso tempo tudo está ligado ao deus capital.

Amamos e servimos a esse detentor de sonhos e sugador da existência humana.

Sem dinheiro nada fazemos e nada valorizamos. Sem nos vendermos a um preço que custa às vezes nossa felicidade e realização, nada fazemos e nada somos.

Jesus desconstrói essa lógica a partir de um novo ponto de partida: a cruz.

Quem quer seguir tem que começar tomando para si a sua cruz e aceitando os desafios de se construir a partir desse ideal e de limite.

Daí, não mais somos o que valemos, mas vivemos em função de que no final nosso fim é igual e portanto, saber dar passos e caminhar significa saber carregar a cruz e seguir sem medo e sem ressalvas.

Mas nos acrescenta nessa busca de reconstruir:

> O que adianta ganhar o mundo inteiro se perdemos a vida?: pra que serve os bens e ou o poder e ou as coisas se eu não posso usufruir e deles fazer participar os que estão a minha volta e também aqueles que não impedidos de ter as suas coisas?

> Quanto vale a sua vida?: quantificamos tudo e deixamos nos quantificar. Mas de verdade quanto vale sua vida, seus sonhos, seus projetos e sua existência? Porque se existe uma cifra não se assuste se outros também tabelarem nossos ideais...

Fiquem bem.