SER OU TER FÉ?

A opção religiosa em nossos dias se tornou um souvenir: é apenas uma lembrança que muitos têm quer seja da infância (e daquilo que os pais ensinaram) ou então, um penduricalho que se usa como pingente numa pulseira cheia de outros símbolos e sinais.

Em muitos ambientes fica "estranho" não estar ligado a uma piedade, seja ela qual for e por isso, a religião passa a ser apenas e tão somente, uma vaga manifestação de religamento com Deus, com a criação e as pessoas.

Não é à toa que muitas sementes que o Semeador semeia sobre nós se perdem quer seja pelas preocupações excessivas da beira do caminho, pelo sufocamento dos espinhos ou então pela dureza das pedras do coração.

Ter religião em nossos dias se tornou um fator de aceitação social...

Mas não foi sempre assim.

Nossos pais na fé tiveram que lutar muito para manterem-se na proposta de vida que Jesus inspirou. Os primeiros cristãos foram testemunhas fieis e experimentaram em seus corpos e mentes os riscos de acreditar nas Palavras de Jesus e se disporem a caminhar com Ele.

Tiveram que abrir mão de coisas que eram importantes demais: família, sossego e aprovação.

Foram testados com perseguições e em muitos casos, experimentaram o batismo de sangue...

E fizeram tudo isso pelo simples fato de entenderem que o Reino precisa de semeadores que se arrisquem em fazer da vida missão. E saíram a semear como a personagem da parábola.

Talvez hoje ao menos em nossa sociedade o batismo de sangue não seja mais necessário (no entanto não nos esqueçamos de irmãos e irmãs que ainda são perseguidos e mortos pelos simples fato de se dizerem seguidores de Jesus!!!) mas não deveríamos deixar nossa fé ser apenas um adereço.

Deveríamos nos esforçar pela coerência e pela disposição de viver ao menos os valores básicos do seguimento: justiça e amor. E onde isso fosse desrespeitado ou ainda não despertado, deveríamos nos esforçar para implantar e desenvolver.

O que não se pode é achar que fé é tão somente um artigo que usa quando e como se quer sem nenhuma consequência prática. Desse mal deveríamos todos escapar...

Fiquem bem.