DEIXAR-SE TOCAR PARA SEGUIR

Marcos terminou seu evangelho lido neste domingo na missa dizendo que NA COMUNIDADE QUE SURGIA NA CASA DE SIMÃO E ANDRÉ AS PESSOAS LEVAVAM MUITOS DOENTES PARA SE ENCONTRAR COM JESUS.

Continuando nessa meditação, o texto desta segunda feira diz que as necessidades de quem sofria de alguma doença eram tantas, que se contentavam em pedir que a barra das vestes de Jesus tocasse os doentes.

Na verdade o que Marcos está descrevendo é a mudança de um modo de se relacionar com Deus.

Enquanto na religião judaica os ritos de purificação e consequentemente de cura eram muito demorados e quase sempre mediados por julgamentos moralizadores, com Jesus as pessoas descobrem uma proximidade muito grande e uma acolhida nunca vista.

Ele não só acolhe como não tem medo de tocar, de abraçar e de ouvir o que as pessoas estão sofrendo. É uma completa mudança do modo das pessoas se dirigirem a Deus e de serem tocadas por Ele.

Bem sabemos como num momento de fragilidade (como uma doença, por exemplo) o cuidado, a gentileza, a dedicação fazem toda a diferença. Jesus age com essa dedicação.

E por isso mesmo, as pessoas que iam até Ele iam com o coração fragilizado mas cheio de esperança a ponto de se contentarem com o toque da barra das vestes.

Estamos caminhando com Marcos e com ele e sua comunidade descobrindo o rosto amoroso de Deus nos gestos e palavras de Jesus.

Querem ser tocadas e, descobrimos depois, que esses que são curados, muitas vezes se tornam seguidores de Jesus.

Precisamos descobrir em nós e na nossa fé essa dedicação de acreditar que o toque de Jesus nos tira da fragilidade e nos impulsiona para ir adiante. Mas não nos esqueçamos que será preciso estar atento também à disposição de, após a cura, nos tornarmos seguidores.

Fiquem bem.