AS DIFERENÇAS NÃO DEVEM NOS SEPARAR
O cristianismo nasce com algumas nuances que o distinguem das religiões da antiguidade. Dentre essas diferenças encontra-se o fato de ser uma religião eminentemente comunitária.
Esse dado durante os dois milênios que nos separam das origens sofreu inúmeras transformações dado os acontecimentos históricos e, ainda hoje, vem se mostrando resistente ainda que tenha perdido grande parte de sua importância.
Em nossos dias, como grade parte da nossa vida, a religião corre o risco de em quase tudo preferirmos o caminho do individual. As pessoas tendem a resumir o caminho dos evangelhos a opções pessoais tão somente.
Faz parte do exercício evangelizador alertar para os perigos que isso pode nos trazer (vide a Europa) ao mesmo tempo, que devemos despertar em nós e em nossa volta o desejo sincero de viver a fé em Cristo como uma grande oportunidade de experiência comunitária.
Marcos nos texto de hoje nos lembra disso (Mc 6, 7- 13).
Jesus envia dois a dois...
Esse critério para o envio nos faz pensar que o exercício pastoral deve ser vivido no seio de uma comunidade.
E o poder que por ventura se adquire nesse trabalho (expulsar espíritos imundos) nasce justamente desse descobrir-se integrado no corpo (vide a teologia paulina sobre o corpo).
No entanto dizer que viver em comunidade é fácil seria hipócrita da nossa parte. É sempre um desafio aceitar as diferenças de pensamentos, de sentimentos e de práticas. É complicado imaginar que alguém possa seguir na mesma direção que a gente ainda que seja por caminhos diferentes e o pior: imaginar que não sou a medida de todas as coisas...
Por isso até que o grande desafio para quem vive em comunidade está em descobrir os que nos une aos outros e não dar notoriedade ao que nos separa.
Em tempos de profundo individualismo e de uma religião self servisse para quem crê é fundamental resgatar a dimensão comunitária da fé.
Fiquem bem.
O pior que separa né...e como!!!
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