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TEMPO NOVO
Quando percebeis que a figueira está com broto sabeis também que o verão está próximo, diz Jesus. Talvez se isso fosse dito em nosso tempo Jesus teria algumas dúvidas porque, com as mudanças climáticas e a enormidade de mutação no ciclo natural das coisas, ficaria difícil simplesmente detectar quando uma coisa ou outra realmente vai acontecer. Mas os sinais estão aí... No seu tempo, os brotos da figueira diz que o verão se aproxima. Em nosso tempo inúmeros são os sinais que nos diz que precisamos acolher a nova estação ou o novo tempo. A liturgia tem esse papel: ela nos lembra do ciclo do mistério que atua para nosso encontro com Deus. Estamos por iniciar o advento. Tempo de expectativa de esperança e confiança. Nem sempre fazemos isso com a profundidade que se pede. Achamos que o advento é como o pré natal que se enfeita para que o papai noel desça pela chaminé. Advento é a renovação da aliança: Deus promete nos visitar e dá um tempo para que observemos os sinais e pos...
AINDA SOMOS VISITADOS
O tema da visita é bastante caro em toda a Bíblia. A ideia de que Deus visita seu povo traz além de uma valorização da hospedagem que se deve dar ao estrangeiro e ao viajante, amplia a visão que se tem do Divino passando pelas nossas vidas. Os grandes acontecimentos teologais da Bíblia nascem da visita e é nela que se encontra várias chaves de leitura para interpretar a Salvação. No texto proposto pela liturgia de hoje (Lc 1, 26- 38) em nome de Deus, o anjo visita Maria para contar-lhe que havia encontrado graça diante do Senhor e por isso, a proposta para que seja mãe do Salvador. Todo o diálogo entre o anjo e Maria é simples e direto. Mas a cena é posta no âmbito da mística: não se trata apenas de ouvir o convite e aceita-lo. É preciso que o mesmo faça sentido e acrescente algo muito valioso à espiritualidade de Maria. Ser mãe significa gerar mas significa também ampliar em si mesma o mistério da vida. Maria entende isso e não quer ser apenas uma ger...
Confesso que não assisti ao vídeo do Bob Fernandes. Em minha opinião ele é escancaradamente tendencioso. E isto não seria nenhum problema (todos nós temos o direito de escolher um lado), não fosse o fato de ele insistir em parecer neutro e, não importa o tema de sua fala, dá sempre um jeito de atacar qualquer um que não atenda aos interesses do Lula e do PT. Para mim essa posição é que torna intolerável os seus textos. Mas esse não é o foco, e sim o Reitor Cancellier. Nesse episódio confesso que não tenho elementos para formar convicção. Parece que houve de fato excesso no trabalho policial, o que só o tempo nos dirá. Entretanto, se de um lado é perfeitamente compreensível o tormento da humilhação. De outro, o suicídio, como atitude extrema, sempre me leva a concluir uma situação insolúvel, ainda que esse pensamento resulte de uma mente perturbada. Não era, segundo o que se lê, o caso do Reitor. Também não combina com seus antecedentes de militante do Partido Comunista, participante da novembrada, exercício de assessoria a políticos, ou seja, o Reitor era alguém acostumado a embates e confrontos. De concreto apenas o bilhete onde diz que sua morte foi decretada quando foi proibido de entrar na Universidade. Acho que jamais saberemos de fato o que o levou a essa atitude.
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